sábado, 18 de julho de 2009

Eu não quero ser a tua paz. Eu quero ser a tua revolta. Quero deixar o teu corpo crispar com o frio do inverno polonês e no encolher das tuas pupilas, que estarão a dois centímetros da minha, o pedido da acolhida. Só pra te negar. E te negarei tantas vezes quanto necessárias para que o dia da aceitação se faca inesperadoprofundo(até)amável. Tão perfeito que se torne inesquecível, que se cristalize em estrela no céu e alugue um neurônio da tua memória para que não se esqueças jamais.
Mas o meu negar será acompanhado de beijos disfarçados de carinhosos, de carinhos em prática que não o serão na teoria e abraços longos travestidos de afetuosos.
Você vai ser o meu vinho de antes de dormir e eu serei o teu champagne de celebração e júbilo. Mas o gosto que o vinho deixa não se pode comparar com o efêmero quebrar das bolhas de champagne.

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