Eu escrevi tantas coisas lindas na minha cabeça. Sobre fotografias velhas, em que as imagens se esbranquecem até virar marca d'água. Metáforas que descrevessem a dubiedade de tudo, o estado de ponta de faca.
Tá tudo mais claro, tá tudo mais calmo. A sua dor omissa, a sua falta de cuidado com tudo, começando pela vida. Colecionador de cacarecos, daqueles que a gente põe na caixa e não a leva nunca para doação, deixando juntar poeira num armário de madeira.
Hoje eu vejo a força que eu dei a você. Tanta incerteza acompanhada de tanta palavra. Eu só consegui me colocar no seu lugar depois do fim. Te entendo cada vez mais e, se misturando e alternando, tenho pena, raiva, amor.
Já disse até que gostaria de não tratar, não lidar. Espero nunca conseguir ser. No meio do vendaval me pergunto sobre seus impulsos: de onde vem essa força?
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