Quando voltei, a vida foi num raio. A marca de sua chegada fui eu e eu continuo sendo ela.
O rio Níger se lavou em sangue e sustenta o meu corpo. Vivo e pulsante, levo na barra da saia todas as possibilidades.
Posso ser brisa, mas posso mover montanhas.
Posso, até, não fazer nada.
Posso silenciar, mas posso esbravejar.
Posso, até, não dizer nada.
Mas quando eu quiser, tenha certeza: você ouvirá.
Tempestades lavam as feridas das batalhas e um touro implacável barra dos meus caminhos todo o mal.
Iansã desnuda as minhas palhas e me mostra e beleza em mim, em você, em nós.
Oyá me levanta e assopra em mim vento e fogo. Por isso, eu sou uma transformação plural, constante e crescente.
Eparrei Oyá!